Valorização do parto natural sem intervenções



Ao chegar à Casa de Partos de São Sebastião, a mãe de primeira viagem Patrícia Palmeira da Abreu, 27 anos, recebeu os primeiros cuidados para conceber - de forma natural e sem intervenções cirúrgicas – o primogênito, batizado de Davi.



"Estou me sentido acolhida e bem cuidada pela equipe de enfermeiras. Elas são atenciosas e eu me sinto à vontade. Tenho liberdade para levantar, me sentar e caminhar", descreveu Patrícia, no dia 26 de julho, horas antes de dar à luz a Davi.

No local, o primeiro atendimento foi feito pelas enfermeiras-obstetras e técnicas, que avaliaram a pressão arterial, dilatação da passagem para o bebê e, ainda, se a paciente fez seis consultas no pré-natal, quantidade mínima exigida durante os nove meses de gestação.

"Nós fazemos uma avaliação completa para saber se a mãe e filho correm algum risco. Só recebemos mães que atendem aos requisitos de protocolo – considerados essenciais para realizar um parto natural e de baixo risco", explicou uma das enfermeiras-obstetras da unidade, Isla Cherlla da Silva Brito.

Segundo ela, quem apresenta padrões de anormalidade nos exames é encaminhada em uma ambulância para a unidade de referência, o Hospital Regional do Paranoá (HRPa), que conta com recursos mais complexos para gravidez de alto-risco.

Quem fica internada na Casa de Partos, tem atenção especial da equipe de enfermeiros, técnicos e auxiliares, que acompanham mãe e filho com avaliação física a cada hora.

"O parto pode durar até 10 horas, enquanto isso, nós oferecemos vários equipamentos que ajudam no parto para aumentar a dilatação e as contrações", destacou outra enfermeira-obstetra, Clarisse Maciel Lúcio.

Segundo ela, as pacientes podem escolher usar instrumentos como a bola de fisioterapia e o aparelho com movimento semelhante a uma cadeira de balanço.

"A mãe também escolhe se o parto será feito na banheira, embaixo do chuveiro ou em outra posição que seja mais confortável para ela. Também evitamos ao máximo a medicação e realizar a episiotomia (corte vaginal)", completou Isla.

CORDÃO UMBILICAL 

Todos os procedimentos só são realizados com o consentimento da genitora e, após o nascimento, a regra da Casa é deixar a mãe ligada ao bebê pelo cordão umbilical até que ele pare de pulsar, o que pode levar cerca de seis minutos.

"Fazemos isso porque o bebê continua recebendo oxigênio pelo cordão, até que ele se acostume com o novo ambiente", explica a enfermeira Clarisse.

Com a finalização do corte, o bebê recebe os primeiros cuidados na incubadora ao lado da mãe, que pode amamentá-lo e segurá-lo na primeira hora de vida. Ambos podem ser acompanhados, durante todo o processo, por até duas pessoas da família.

Isla Brito informou que a equipe é capacitada com especializações e cursos periodicamente para atuar em qualquer situação emergencial, fora do protocolo de partos de baixo-risco.

"Nós sempre fazemos aulas de reciclagem oferecidas pela Secretaria de Saúde na área de obstetrícia. Embora não tenhamos médicos na unidade, estamos prontos para agir em qualquer situação emergencial", garantiu a profissional.

FUNCIONAMENTO 

A Casa de Parto atende 24 horas por dia no espaço composto por consultórios, salas de parto e leitos de alojamento conjunto (três leitos em cada uma das duas enfermarias).

Além disso, há um espaço para cuidados com neonatais, um posto de enfermagem e uma varanda para acesso das pacientes internadas.


Serviço

Casa de Parto

Atendimento: 24 horas

Endereço: Centro de Múltiplas Atividades, conjunto 10, São Sebastião – Centro.

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