A Inteligência Artificial na Contabilidade: otimizando os processos e a eficiência das empresas

 

Nathali Araujo e Viviane Stadler *

Analisando as notícias recentemente, nos deparamos com uma frase que faz todo sentido em relação a inteligência artificial na geração de conteúdo e que é impossível discordar: “A IA generativa é uma revolução comparável ao surgimento da internet”, Douglas Dawson, vice-presidente global de comunicações da Microsoft ao Valor Econômico.

Não conseguimos mencionar neste momento qual ferramenta tecnológica conseguiu tanto êxito em tão pouco tempo e se desenvolveu para novas e aprimoradas ferramentas como a inteligência artificial. Hoje é possível escrever textos, criar imagens, produzir artes e outras infinidades de ações com apenas um comando certo, os chamados: prompts.

Com toda essa evolução da Inteligência Artificial, uma importante vertente surgiu: o apoio da IA em operações contábeis, chegando para simplificar tarefas complexas, otimizar processos e melhorar a eficiência, auxiliando empresas e pessoas nesse que é um dos principais gargalos de qualquer setor financeiro.

Com os recursos disponíveis, pôde-se observar que a IA é uma grande e importante aliada na gestão fiscal, e neste artigo, destacamos precisamente na área da Pesquisa, Auditoria e Recuperação Tributária.

Como um bom exemplo, podemos citar a auditoria digital, onde é analisado com o apoio da IA, toda escrituração digital da empresa a ser enviada à Receita, e se há a necessidade de algum ajuste a ser feito, a IA sugere correções antes do envio das informações, dando segurança a quem utiliza a ferramenta.  

Dentro desse contexto contábil, destacamos a classificação fiscal de mercadorias, que emerge também com o apoio da IA, como uma ferramenta estratégica crucial, desempenhando um papel fundamental na gestão de negócios e na formulação de estratégias tributárias inteligentes.

A Classificação Fiscal de Mercadorias, essencial para empresas, é o processo de atribuição de um código específico, conhecido como NCM (Nomenclatura Comum do Mercosul) que categoriza um produto ou mercadoria para determinar a carga tributária, incentivos fiscais, políticas de defesa comercial, regulamentações de qualidade e origem, além de ser essencial no comércio internacional.

Esse código não é apenas um número, mas sim, uma identificação única que serve como linguagem universal nos negócios, permitindo a categorização e compreensão dos produtos. A classificação fiscal de mercadorias desempenha um papel crucial para garantir a eficiência operacional e a competitividade das empresas, e quando corretamente colocada evita os tributos em cascata.

Algumas razões pelas quais essa prática é tão fundamental, são: Tributação Adequada; Redução de Custos; Conformidade Regulatória; Comércio Internacional; Gestão de Estoque e Logística; Minimização de Riscos; Competitividade e a Tomada de Decisão Estratégica.

A utilização da IA na nesse processo na Recuperação Tributária, na Auditoria Digital e Classificação Fiscal torna a operação mais eficiente e reduz custos, construindo um importante alicerce para a competitividade nos negócios. Empresas que reconhecem e aproveitam ao máximo essa ferramenta estratégica posicionam-se melhor nos mercados nacional e internacional.

*Nathali Araujo é contadora, bacharel em Ciências Contábeis pela PUC-SP atuante há mais de 15 anos nas áreas trabalhista, RH, contábil, legal e fiscal

*Viviane Stadler é advogada há mais de 20 anos, professora, consultora, conselheira consultiva. Atuante nas áreas: contratual, trabalhista e empresarial, ambas diretoras da empresa  AI Part - Pesquisa, Auditoria e Recuperação Tributária - Empresa especializada que usa da Inteligência Artificial para fazer Recuperação Tributária, Auditoria Digital e Classificação Fiscal.

 



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