Justiça Eleitoral confirma que Alcides é investigado por corrupção

Candidato do PL é coordenado por espalhar fake news


A campanha do candidato Alcides Ribeiro foi condenada a uma multa de R$ 15 mil por negar em suas redes sociais que é investigado por compra de votos. A Juíza eleitoral Wilsianne Ferreira Novato, da 132ª Zona Eleitoral, decidiu que o vídeo publicado no Instagram, com fala do advogado da campanha de Alcides, Victor Hugo dos Santos Pereira, tenta enganar o eleitor.

Durante um evento político com a presença do ex-presidente Jair Bolsonaro, em 24 de setembro, a Polícia Militar prendeu Gilmar Calixto com milhares de requisições de combustíveis em branco e dinheiro em espécie, iniciando uma investigação conduzida pela Polícia Federal sobre corrupção eleitoral.

Gilmar é assessor parlamentar lotado no Gabinete de Professor Alcides.

Alcides negou os fatos publicamente por meio de um vídeo em suas redes sociais, classificando a operação como falsa e acusando seus adversários de divulgar fake news.

No vídeo publicado no Instagram, o advogado da campanha de Alcides, Victor Hugo dos Santos Pereira, afirmou que as denúncias contra o candidato eram infundadas, enquanto Max Menezes, outro aliado, classificou a situação como uma “covardia política”. A defesa apelou à liberdade de expressão para justificar a propaganda, mas a Justiça entendeu que houve desinformação.

A juíza considerou que a propaganda, ao distorcer os fatos, induzia os eleitores ao erro, prejudicando a integridade do processo eleitoral. “A veiculação de conteúdos que confundem o eleitorado, principalmente nesta reta final da campanha, é uma violação grave às normas eleitorais”, ressaltou a magistrada. A empresa Meta foi acionada para remover o conteúdo, e o Ministério Público Eleitoral também recomendou a condenação de Alcides.

Com um perfil no Instagram que possui mais de 76 mil seguidores, a propaganda atingiu uma ampla parcela do eleitorado de Aparecida de Goiânia. Diante da gravidade do caso e da proximidade das eleições, a multa foi fixada em R$ 15 mil.

Com o segundo turno marcado para o próximo dia 27, o Tribunal Regional Eleitoral de Goiás continua atento às campanhas que desrespeitam as regras eleitorais, especialmente no combate à disseminação de fake news.

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