Opinião - Por que todo empreendedor deveria escrever um livro para chamar de seu?


Ana Macedo*

 

Empreender é, acima de tudo, contar histórias. Histórias de coragem, de erros que viraram acertos, de ideias que pareciam absurdas e se tornaram negócios lucrativos. E se há algo que todo empreendedor tem de sobra, é vivência. Por isso, escrever um livro não é apenas uma vaidade ou um projeto paralelo — é uma poderosa ferramenta de posicionamento, legado e conexão.

 

Escrever um livro é um ato de generosidade. É compartilhar com o mundo aquilo que você aprendeu na prática, com suor, noites mal dormidas e decisões difíceis. É transformar sua trajetória em conhecimento acessível, inspirador e útil para quem está começando ou buscando novos caminhos. E, convenhamos, não há MBA que ensine o que a vida empreendedora revela.

 

Acredite: um livro é um cartão de visitas elevado à enésima potência. Ele abre portas, gera autoridade e diferencia você em um mercado cada vez mais competitivo. Imagine estar em uma reunião com investidores, clientes ou parceiros e poder entregar algo que vai muito além de um pitch: um livro que conta quem você é, o que você acredita e como você constrói valor. Isso tem peso. Isso tem alma.

 

Mas não se trata apenas de marketing pessoal. Escrever é também um processo de autoconhecimento. Ao colocar suas ideias no papel, você revisita decisões, entende padrões, reconhece conquistas e aprende com os tropeços. É quase terapêutico. Muitos empreendedores relatam que, ao escrever, descobriram nuances do próprio negócio que nunca haviam percebido. É como olhar para sua história com novos olhos.

 

E não precisa ser um best-seller, não. O objetivo não é competir com grandes autores, mas comunicar com autenticidade. Um livro bem escrito, com propósito claro e linguagem acessível, pode impactar profundamente um nicho específico — e isso já é transformador. Às vezes, basta uma frase para mudar a mentalidade de alguém. E essa frase pode estar no seu livro.

 

E tem mais: o livro eterniza. É a única maneira de você continuar vivo, mesmo depois de morto. Negócios vêm e vão, mas ideias bem registradas permanecem. Ele é um legado que você deixa para o mercado, para sua equipe, para sua família e para você mesmo. É uma forma de dizer: “Eu estive aqui. Eu construí algo. E aqui está o que aprendi.”

 

Então, se você é empreendedor e já pensou em escrever um livro, considere este texto como um empurrão gentil. Sua história importa. Suas ideias têm valor. E há pessoas esperando por aquilo que só você pode compartilhar. Escreva. Nem que seja uma página por dia. Nem que demore meses. O importante é começar.

 

Porque no fim das contas, empreender também é escrever — e talvez esteja na hora de escrever um livro para chamar de seu.

 

 

 

*Ana Macedo é formada em Letras é autora do livro “Colocando no Papel”, cofundadora e editora da VC.autor Assessoria Editorial, empresa que ajuda escritores a transformarem suas ideias em livros com qualidade e impacto

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