Com a frota inchada — há 1,4 milhão de veículos — as ruas e as avenidas da capital não oferecem opções em caso de imprevistos. A série de pequenos acidentes registrados antes do meio-dia de ontem provou que os motoristas de Brasília estão longe de conseguir circular com tranquilidade.
Hoje pela manhã, um acidente próximo à residência do governador causou ainda mais congestionanamento na EPTG. Ontem, por volta das 7h30, a L2 Norte, na altura da 601, teve as três faixas em direção à Asa Norte interditadas devido a um engavetamento entre quatro carros e dois ônibus — os veículos maiores transportavam servidores terceirizados da Universidade de Brasília (UnB). A colisão aconteceu em frente a um semáforo, antes da entrada para a L4 Norte e para a instituição. No total, 25 pessoas ficaram feridas, todas sem gravidade. Agentes da Polícia Civil chegaram às 9h40 para realizar a perícia, e o tráfego acabou interrompido até as 11h30, causando um grande congestionamento. O ponto costuma ter trânsito intenso das 7h às 9h devido às aulas na UnB e nas escolas da L2.
No último dia 9, menos de 40 servidores do Hospital das Forças Armadas (HFA) fecharam duas das quatro vias em frente ao Departamento de Polícia Especializada (DPE), na altura da Octogonal. Condutores que vinham de Taguatinga, de Samambaia e de Ceilândia pela Estrada Parque Taguatinga (EPTG) levaram mais de uma hora para conseguir passar pelos manifestantes.
Em fevereiro, cerca de 300 mototaxistas e motofrentistas fecharam a Esplanada dos Ministérios, em frente ao Ministério do Trabalho e Emprego. O acesso interrompido no centro refletiu nas principais vias do DF, atrasando a vida de quem tinha algum compromisso. Enquanto protestavam contra a aplicação das novas regras do Conselho Nacional de Trânsito (Contran) para o exercício da atividade, milhares de trabalhadores aguardavam dentro de carros e de coletivos.